Conforme mencionado no post de dezembro, o excesso de fósforo no sangue (hiperfosfatemia), pode ser prejudicial ao paciente que possui doença renal crônica, sendo mais frequente em pacientes que realizam hemodiálise, especialmente, pela disfunção renal mais avançada.
Na Doença Renal, o rim encontra-se limitado nas suas funções, existindo carência de vitamina D (o rim não consegue produzir as quantidades necessárias) e excesso de fósforo no sangue (já que o rim não o consegue excretar).
O problema é que, com esta insuficiência renal, por mais que haja paratormônio, não há como produzir vitamina D ou excretar fósforo através da urina, retirando-se mais cálcio dos ossos como compensação da hiperfosfatemia. Isso leva a um quadro denominado de hiperparatiroidismo secundário.
Por conseguinte, como reflexos da hiperfosfatemia o paciente fica predisposto a:
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Calcificação cardiovascular (quando está em excesso, o fósforo sanguíneo liga-se ao cálcio circulante, formando o fosfato de cálcio, uma substância insolúvel que precipita nos vasos sanguíneos e provoca a calcificação destes vasos, impedindo o normal fluxo de sangue);
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Hiperparatiroidismo secundário pelo estímulo frequente da paratireóide devido ao aumento do fósforo no sangue;
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Osteopenia (diminuição da massa óssea) devido a retirada do cálcio do osso para o sangue;
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Aumento do risco de fraturas devido redução da massa óssea;
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Aumento da pressão associada à calcificação do tecido cardiovascular;
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Coceira intensa;
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Disfunção sexual.
Nutricionista Aline Luiza Führ – CRN 10211__